quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Filme: Queimadas


Filme: Queimadas e a Independência do Haiti


        O filme que apresentaremos a seguir foi produzido na década de 60, e sofreu repressão da ditadura em alguns países do mundo, pois as cenas fortes faziam uma apologia à luta pela independência, e às revoltas do povo organizado. O nome da cidade "Quimada", é como o Haiti é conhecido, por causa da queima das aldeias dos negros, para achar o personagem José Doláres, que representava o negro líder de todo o processo de independência, escolhido pelos ingleses  É um filme que mostra a luta dos negros, e seu sofrimento. 
 

      Ele relata de forma clara como foi e quais foram as intenções dos brancos (no filme vivido pelos ingleses, mas na história os franceses) quando incentivam os negros a lutarem pelo poder, contra os seus colonizadores (vivido pelos portugueses, mas na história os espanhóis).
      O líder negro vivido pelo personagem Jose  Doláres , traz a opinião  que ele tinha sobre a independência “liberdade de um homem não pode ser dada por outro homem, e sim conquistada por cada um”. Assim ele entendeu que quando tomou o governo e estava sendo  líder da sua cidade, ele não poderia tomar nenhuma decisão a  favor de seu povo, pois nada daquilo que era proposto pelos brancos concordavam com os interesses dos até então escravos negros. Segundo José isso ocorria pois não tinha sido uma conquista inteira  dos negros.
      Depois que Jose, entrega o poder aos brancos, vai embora  para aldeias que vivem de seu próprio poder econômico. Mas logo que a Inglaterra percebe que o líder branco esta indo contra os seus interesses, eles o matam e deixa o poder  na mão do general, pois está em mãos de ingleses. Assim os interesses econômicos ficam em favor da Inglaterra.
       No filme deixa bem claro, como a Inglaterra tinha a facilidade de conseguir a união com as colônias, pois eles incentivavam as revoluções, oferecendo apoio econômico, e incentivo com ideologia de poder.
Filme que foi feito na década de 60, época que o Brasil vivia a ditadura, e assim foi censurado, pois achavam incentivam a luta pela liberdade. Mas não foi só no Brasil, mas também em outros países onde vivia um momento frágil da política.
   



domingo, 25 de agosto de 2013

Processo de Independência do Brasil

Aula dia: 12.08

         O processo da independência do Brasil, começou muito tempo antes de Dom Pedro I proclamar o fim das nossas relações coloniais com Portugal. É necessário perceber as transformações políticas, econômicas e sociais que ocorreram com a chegada da família real portuguesa ao nosso país, e possibilitaram a abertura de espaços para uma possível independência.
         Ao pisar em solo brasileiro, Dom João VI cumpriu os acordos firmados com a Inglaterra, que se comprometeu em defender Portugal das tropas de Napoleão. Por isso, mesmo antes de chegar a colônia, ele realizou a abertura dos portos às demais nações.
Dom João VI investiu no Rio de Janeiro, agora capital, fazendo grandes reformas, revitalizando a cidade e fazendo grandes investimentos em sua estrutura. Isso serviu para alimentar um movimento que reivindicava mudanças, a Revolução do Porto foi o ponto de inicio.As principais figuras políticas lusitanas exigiam a volta de Dom João VI e com medo de perder seu trono, D. João sai do Brasil em 1821 e nomeia Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil.

        O Brasil estava prejudicado e Dom Pedro I, como soberano, começou a tomar medidas em favor dos brasileiros. Entre suas primeiras medidas ele baixou os impostos e igualou as autoridades militares nacionais as portuguesas. Como era esperado, essas ações não agradaram em nada as Cortes de Portugal.

        Com isso as Cortes exigiram que o príncipe voltasse para Portugal. Com essa ameaça a elite econômica brasileira se alerta para o risco que os benefícios econômicos conquistados estavam correndo. Assim os grandes fazendeiros e comerciantes começaram a defender a elevação política de Dom Pedro I a líder da independência brasileira.

        Dom Pedro I tornou sua relação política com as Cortes insustentável. Em setembro de 1822, a assembléia portuguesa enviou outro documento para o Brasil exigindo o retorno imediato do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso ele não voltasse. Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I (que estava em viagem) declarou a independência.
        Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal exigiu o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência do Brasil. Sem esse dinheiro, D. Pedro foi obrigado a fazer um empréstimo com a Inglaterra.

Para complementar (pode por como sugestão de link): http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=3


Fontes:



segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Processos de Independência na América Hispanica


 Os processos de independência da América Espanhola tiveram início no séc. XVIII; sendo rápida para alguns países, e para outros, um processo longo e com vários acontecimentos . Nesse período, a sociedade pensava num novo conjunto e valores, que questionavam o pacto colonial e o autoritarismo das monarquias. As elites da América espanhola inspiravam-se e ideias Iluministas, que eram contra os regimes políticos que promovessem o privilégio de apenas determinadas classes 
sociais.



         A grande maioria desses intelectuais era de origem criolla, ou seja, filhos de espanhóis nascidos na América desprovidos de amplos direitos políticos nas grandes instituições do mundo colonial espanhol. Por estarem politicamente excluídos, enxergavam no iluminismo uma resposta aos entraves legitimados pelo domínio espanhol, ali representado pelos chapetones.



     Ao mesmo tempo em que houve toda essa efervescência ideológica em torno do iluminismo e do fim da colonização, a pesada rotina de trabalho dos índios, escravos e mestiços também contribuiu para o processo de independência. As péssimas condições de trabalho e a situação de miséria já tinham, antes do processo definitivo de independência, mobilizado setores populares das colônias hispânicas. Dois claros exemplos dessa insatisfação puderam ser observados durante a Rebelião Tupac Amaru(1780/Peru) e o Movimento Comunero (1781/Nova Granada).

           No final do século XVIII, a ascensão de Napoleão frente ao Estado francês e a demanda britânica e norte-americana pela expansão de seus mercados consumidores serão dois pontos cruciais para a independência. A França, pelo descumprimento do Bloqueio Continental, invadiu a Espanha, desestabilizando a autoridade do governo sob as colônias. Além disso, Estados Unidos e Inglaterra tinham grandes interesses econômicos a serem alcançados com o fim do monopólio comercial espanhol na região.


Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/historia-america/independencia-america-espanhola.htm


Processo de independência do México:


Resumo esquema :


  • O movimento independentista nasceu de discussões informais;
  • Os planos independentistas foram descobertos pelo governo geral; 
  • Os insurgentes foram pegos;
  • Um movimento insurgente regenerado;
  • Exercito das 3 garantias – Plano de Iguala;
  • Renuncia do Vice- Rei;
  • Tratado de Córdoba é assinado.


Miguel Hidalgo


  Por ser sacerdote foi julgado pela Santa Inquisição e declarado culpado de heresias e traição, sendo condenado a morte.


     “ Viva a independência, viva a  Virgem de Guadalupe. Morte ao mau governo.” 

O movimento independentista do México nasceu de discussões voltadas contra o domínio político e econômico espanhol promovidas por Miguel Hidaldo, considerado o pai da pátria. Mas os planos independentistas foram descobertos pelo governo geral, o que os pressionou a iniciar imediatamente a luta pela independência.
Após varias vitorias os insurgentes são pegos, e Hidalgo sendo sacerdote foi julgado pela Santa Inquisição e declarado culpado de heresias e traição, sendo condenado a morte, depois disso o movimento ficou enfraqueciado.
Mas surge Vicente Guerrero que toma a frente do movimento e se alia com Iturbide que trocou as suas lealdades para apoiar o movimento independentista. Então é criado o exercito das três garantias que é feito para defender o Plano da Iguala que consiste em três princípios ou garantias ao México independente: o México seria uma nação independente governada pelo rei Fernando VII ou outro príncipe conservador da Europa, criollos e peninsulares teriam os mesmos direitos e privilégios, a igreja Católica manteria os seus privilégios e o monopólio religioso no México.
Forças insurgentes de todo o México se aliam ao exército de Iturbide. Com a vitória dos rebeldes aparente o Vice-rei renúncia. E em 24 de Agosto de 1821 foi assinado por Iturbide e representantes da coroa espanhola o Tratado de Córdoba que reconhecia o México como nação independente segundo os termos do plano de Iguala.

Web:






Processo de Independência de Cuba: 

Resumo esquema:

Importância do país para o continente Americano - 1492;
Insurreição dos Vegueiros – séc. XVIII;
A República em Armas;
    * Carlos Manuel Céspedes
Guerra dos Dez anos – 1868-1878;
Guerra da Independência  - 1895-1898.

José Martí


     Conhecido em Cuba como “el apóstol” por ser um dos primeiros teóricos e militantes revolucionários de seu país. Ele fundou o Partido Revolucionário Cubano e liderou a guerra de 1895, seu pensamento político influenciaria a triunfante revolução cubana anos mais tarde.

Os homens são como as estrelas; alguns geram a sua própria luz enquanto outros refletem o brilho que elas recebem.”

A entrada dos EUA, e seus interesses em Cuba;
O Tratado de Paris - 1898;
Cuba nas mãos dos EUA;
Revolução Cubana e o Socialismo.
   *Fidel Castro e Che Guevara.

Fidel Castro


 "Esta noite milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma delas é cubana."

Che Guevara


“Lutam melhor os que têm belos sonhos.”

     A independência de Cuba foi a mais longa da América hispânica, pois foi declarada em 1898, no Tratado de Paris, mas só foi realmente exercida, quando Fidel Castro, e suas forças derrubaram o poder dos EUA imposto num governo extremamente capitalista e de muita desigualdade, lançando um modelo econômico socialista,e finalmente adquirindo a autonomia do país.

Web:



Processo de "Independência" do Brasil: Grito do Ipiranga

Aula do dia 05.08

      Tratamos do assunto Independência do Brasil, mais especificamente sobre o grito do Ipiranga, aclamado por D. Pedro I. Baseado na leitura do texto "Nem as margens ouviram", de Lucia Bastos, podemos tirar algumas conclusões sobre o evento.

    Quadro "Independência ou Morte" [também conhecido como "O Grito do Ipiranga"] (Pedro Américo - 1888), Museu do                                                                                       Ipiranga, São Paulo

         O tão aclamado grito do Ipiranga na verdade foi mais uma estratégia de marketing para aclamar D. Pedro I do que de fato um grande marco para a independência brasileira. Diferente do que muitos pensam o tão famoso “Independência ou morte” bradado por D. Pedro I não teve efeito real na época.
       Com a vinda da corte portuguesa para o Brasil em 1808, ganhamos o status de reino e muitas mudanças aconteceram. Com a estabilidade ganhada surgi a ideia de independência, foram ganhos alguns aliados e foram criadas medidas de incentivo para quem ajudasse nada luta pró-independência, o que ajudou a fortalecer o movimento aos poucos.
        Alguns se contraporão e queriam se manter fieis a Portugal, o que tornou o processo mais difícil, graças a isso houveram muitas guerras e mortes, mas aos poucos isso foi sendo vencido e o Brasil unificado.
        Apenas alguns anos depois ao tão famoso 07 de setembro de 1822, foi que Portugal assumiu sua derrota e oficializou a independência brasileira, porém mesmo depois disso D. João continuaria, até sua morte, assinando documentos políticos do Brasil.
        Apenas em abril de 1831 quando D. Pedro I assumiu o governo do Brasil, e só então foi rompido qualquer laço político ainda existente com Portugal.

terça-feira, 30 de julho de 2013

1808: Fuga?

Aula do dia 29.07

O assunto agora é o ano de 1808, a mudança da família real Portuguesa para o Brasil, e como se deu o processo de Independência da Colônia.
A vinda da família real Portuguesa para o Brasil foi retratada de diferentes maneiras por muitos autores da atualidade: alguns dizem que foi uma emergência, outros que já havia um planejamento, e há quem condena a fuga como um abandono à nação.
A autora Lilia Moritz Shwarcz, por exemplo, produziu um texto no ano de 2007 intitulado “O dia em que Portugal fugiu para o Brasil”, que retrata em todos os detalhes do momento da partida, o caos, e como foi a viagem da família real. 
Algumas ideias que ela passa no texto são:
- Como a família real abandonou o povo, deixando-os desprotegidos;
- A ideia de que a mudança para a colônia não era algo novo, já haviam pensado nisso em outros momentos da história;
- Como a seleção da monarquia e seus criados teve falhas, deixando pessoas importantes para trás;
- Não só pessoas, mas coisas importantes esquecidas, como a Biblioteca Nacional Portuguesa;
- A desorganização e o caos causados pela pressa, e pela tomada de decisão rápida e em cima da hora;
- O desespero de quem ficava, que tentava arranjar suas próprias embarcações para acompanhar, ou cometer o ato desesperado de se atirar ao mar para tentar subir às naus;
- O medo dos camponeses que ficavam sozinhos,e  vulneráveis, e suas mudanças os centros urbanos a procura de ajuda;
- Destaque para a quantidade de embarcações que vierem como foram protegidas pro armamentos, e como foi decidido contar, mas depois de certo tempo se perdeu a paciência;
- Os imprevistos na viagem;
- A precariedade de alimentos e higiene pessoal.

Lilia Moritz

Para quem quiser ler o texto na íntegra: 


E outros textos sobre o assunto:

O outro lado de 1808 (dois grupos ficaram com esse)

Família Real Portuguesa no Brasil


terça-feira, 16 de julho de 2013

Missões Científicas



Aula do dia 15.07 - parte 1

                Hoje em dia, temos acesso à pinturas, textos e poesias retratando os costumes da população do nosso país Brasil no século XIX. O que muitos não sabem, é como essas descrições vieram a ser feitas.                  Por conta do bloqueio continental imposto por Napoleão Bonaparte, Dom João, na época príncipe regente de Portugal foi subordinado à seguinte situação: se não aderisse ao bloqueio, as tropas de Napoleão invadiriam o território Português; e caso se unisse à França, a Inglaterra atacaria Portugal com suas forças, com direito a cogitar invadir a colônia portuguesa na América, o Brasil.Este impasse fez com que a família real se mudasse em peso para a cidade do Rio de Janeiro no Brasil, o que além de acarretar diversas mudanças na cidade para adequar-se aos padrões de uma sede de Império; atraiu cientistas e artistas de diversos lugares do mundo para retratar o ambiente em que estava vivendo a até então ilustríssima Família Real Portuguesa.                     Foram esses cientistas e artistas, que percorreram o Brasil registrando os costumes da população, desenhando animais, plantas e o cotidiano nas chamadas missões ou expedições, que nos deram a possibilidade de conhecer as nossas terras nesse período tão importante para a história do Brasil.               Abaixo encontra - se um mapa cronológico constituído das principais missões feitas no século XIX no Brasil: 




                         Estas missões, que tinham por objetivo “mapear” a cultura e a natureza brasileira, ajudaram a criar uma identidade para o país perante o mundo.Fontes de pesquisa: -http://historiapensante.blogspot.com.br/2011/02/missoes-artisticas-e-cientificas-no.html-http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252006000400029&script=sci_arttext  

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Revoluções Latino Americanas: Introdução

Aula do dia: 08.07

II Unidade

                  Na aula do dia 08 de julho de 2013 começamos a discutir sobre os processos de independência da Latino América, onde foi feita uma breve introdução.





                O povo latino americano viveu, nos séculos XIX e XX, constantes movimentos político-militares. Esses movimentos foram decorrentes das guerras de independência e das revoltas populares anteriores à esse período, onde o governo representativo era apenas fachada e a força era usualmente utilizada como princípio político. Esses movimentos são variados e vão de movimentações populares espontâneas até golpes militares, que normalmente substituíam um ditador por outro. Nessa realidade os interesses do povo eram renegados. No século XX, o recurso utilizado para a instalação do capitalismo monopolista na região foi o regime autoritário, reeditando a política oligárquica do século XIX, sendo amparado pelas forças imperialistas, principalmente pelos EUA. Entretanto, em alguns movimentos os interesses das classes populares vieram à tona e os objetivos das classes dominantes foram contestados.